Situação hídrica na Bacia Hidrográfica do Rio Paraná se agrava

Na tarde de hoje (26), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) promoveu uma reunião junto aos atores das Bacias Hidrográficas dos Rios Paranapanema, Grande e Paranaíba, que formam a Bacia Hidrográfica do Rio Paraná, e da Hidrovia Tietê-Paraná, para expor a situação hidroenergética. Com cerca de 200 participantes, representantes do Poder Público Municipal, estadual e federal, dos órgãos gestores dos estados que integram a Bacia do Paraná, dos Comitês de Bacia Hidrográficas, dos usuários de água e das entidades civis.

As poucas precipitações registradas levaram ao registro das piores afluências e níveis de acumulação nos principais reservatórios de geração de energia em todo o histórico disponível de 91 anos, na região hidrográfica do Paraná. A preocupação é maior já que essa região hidrográfica concentra a maior capacidade de geração de energia elétrica do País. Os reservatórios presentes na Bacia Hidrográfica do Rio Paraná já apresentam baixos níveis e há a possibilidade de esvaziamento até o final do ano.

A reunião foi iniciada com a apresentação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que destacou que passamos pelo fenômeno La Niña, que ocasiona a seca que se vive na região da Bacia Hidrográfica do Rio Paraná. Para a próxima semana, a previsão é de poucas chuvas, contudo, dentro do normal para o período seca. Para o segundo semestre, a previsão é que o fenômeno La Niña volte a diminuir as precipitações.

Na sequência, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostrou as condições dos reservatórios localizados nas Bacias Hidrográficas dos Rios Paranapanema, Grande e Paranaíba. Os representantes dos estados puderam tecer comentários sobre os dados apresentados, assim como os Comitês de Bacias.

O secretario do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema (CBH Paranapanema), Denis Araujo, representando a Diretoria do Comitê, destacou a importância de, neste momento, unir forças das Bacias Hidrográficas que compõem a região, para conscientizar a população e estabelecer em ações e medidas mitigadoras. Araujo também expos o trabalho que já vem sendo desenvolvido pelo CBH Paranapanema, desde 2018, de enfrentamento a crise hídrica estabelecida no Paranapanema.